Adoro esta berinjela

Como uma boa geminiana, há dias em que adoro cozinhar “a olho”, em outros não consigo me ver sem a receita bem detalhada, mesmo que depois eu faça as minhas alterações.

Faço um antipasti de berinjela que adoro comer com pão sueco quando chego em casa, cansada e com fome. Cada vez que preparo esta receita faço alguma coisa diferente, a desta semana foi para mim a mais simples, há dias em que me dá prazer ser simples, mas geralmente faço uma alquimia que nem sempre entendo ou consigo repetir, vou misturando ervas, temperos e condimentos, conforme sinto seus aromas. No final sempre gosto do sabor.

Peguei duas berinjelas médias, duas cebolas médias, um pimentão verde bem grande e meio punhado de passas de uvas pretas e outro de uvas brancas, sal, pimenta síria (não consigo viver sem ela), pimenta jalapenã, molho de tahine com pimenta e orégano. Quando estou mais inspirada também posso usar pimenta da jamaica que é adocicada e fica ótima nesta preparação, alho fatiado, zaatar e até mesmo cominho. Piquei as berinjelas, as cebolas e o pimentão bem miúdos, usei um ralador alemão maravilhoso que deixa tudo padronizado, sem grande esforço. No começo fazia um picado à mão mais graúdo, mas nas últimas vezes esse bem miudinho deixou a preparação mais delicada, perfeita para comer com torradinhas. Coloquei tudo numa grande assadeira, misturei os condimentos e reguei com bastante azeite de oliva. O segredo é o azeite, que não deixa queimar a delicada berinjela, que fica por mais de hora assando em calor médio. Mexi pelo menos três vezes durante o cozimento e na terceira mexida coloquei as passas e mais azeite. Tirei do forno e depois de frio, passei para um recipiente com tampa. Deixo guardada na geladeira por vários dias. Uma vez fiz uma receita dupla que se manteve ótima por duas semanas na geladeira, o azeite ajuda a conservar.